O
uso dos pincéis em pintura remonta à pré-história, mas foi principalmente na
China, duzentos anos antes de Cristo, que o pincel se propagou como instrumento
de desenho e de escrita. Os desenhistas chineses trocaram a cana pelo bambu,
prendendo tufos de pelos bem aparados numa das extremidades deste. Utilizado na
Grécia e no Egito antigos, ele marcou o nascimento da arte ocidental até o
surgimento da pluma, na Idade Média, quando passou a servir mais para o retoque
e a pintura que para o desenho.
Mesmo atualmente, a produção do
pincel continua a ser quase totalmente manual, à exceção de máquinas simples,
como a que fixa a virola ao cabo ou a que faz a impressão da marca do pincel no
cabo.
Os pelos do pincel provêm de diversos
animais: esquilo, texugo, doninha, mangusto quati, mas os mais comuns são de
orelha de porco (cerdas, usados principalmente para tinta a óleo), de marta
(vermelha ou tropical, usados para tintas mais ralas ou para detalhes com tinha
a óleo) e de pônei (usados em pincéis escolares). Atualmente também é muito
comum pelos sintéticos de nylon extrudado, geralmente para pincéis escolares ou
artísticos dos mais baratos. Há também os color shaper, que tem ponta de
borracha e servem para pinturas especiais.
O cabo do pincel pode ser de madeira
(melhores e mais caros) ou de plástico (mais frágeis e baratos). Podem ser de
madeira crua e não tratada ou de madeira de lei e tratada. A madeira é selada e
laqueada, para dar ao cabo um acabamento de alto brilho e resistência à água,
sujeira e inchamento. Os cabos curtos servem para aquarela, guache, nanquim e
artesanato; os cabos longos servem para pintura a óleo e acrílica.
As virolas, cintas metálicas que
prendem os pelos ao cabo, podem ser de alumínio polido, latão cromado,
niquelado ou cobreado, cobre, níquel ou aço niquelado.
Tamanhos de pincéis
Os tamanhos mais comuns de pincel
vão de 000 a 20, mas há mais finos, bem como mais grossos.
Tipos de pincéis
Eis uma lista de todos os tipos
atualmente no mercado, vale lembrar que os redondos (rounds) e os chatos curtos
(short brights) são, de longe, os mais usados e servem bem para cobrir qualquer
necessidade de um pintor de quadros.
Chatos:
Chato longo (Stroke)
Chato curto (Short Bright)
Quadrado (Bright)
Plano (Flat)
Língua de gato (Filbert)
Chanfrado (Angular)
Leque (Fan)
Trincha (Paint brush)
Trincha longa (Spalter)
Pelenesa (Gilder's Tip)
Redondos:
Redondo (Round)
Redondo curto (Spotter)
Redondo longo (Liner)
Ponta chata (Showcard)
Chanfrado (Striper)
Pituá (Mop)
Broxa ou Batedor (Stencil)
Gafo (Pipe)
Os cuidados com os pincéis
Nunca
mergulhe completamente o pincel na tinta, fazendo com que penetre um pouco dela
entre os pelos e a virola, pois esse é um lugar muito difícil de lavar e sempre
acaba sobrando um pouco de tinta aí que, quando seca, eriça os pelos do pincel
e o inutiliza.
Sempre lave o pincel após o uso,
limpando primeiro o excesso de tinta num pano seco, mergulhando o pincel em
terebintina (se estiver pintando a óleo) ou em água (se estiver pintando a
acrílica, aquarela, nanquim ou guache), fazendo movimento vigorosos para tirar
todo o restante da tinta, secando-o em um pano seco e guardando-o com os pelos
para cima em um recipiente aberto (um vidro ou um porta-pincel).
Nunca o guarde com os pelos para
baixo. Pode guardá-los também na horizontal, dentro de um estojo ou entre dois
panos secos.
Lembre-se:
cuidando bem de seus pincéis, eles podem durar por muito tempo.
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